sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

TEXTO: FELIZ NATAL



Desejamos a você um maravilhoso presente. E um futuro com excesso de peso e medida: cheio de alegrias, pródigo de esperanças, farto de felicidades e realizações infinitas

                                               FELIZ NATAL

(Charles Dickens)

A história que estou a ponto de contar aconteceu no Natal. Naquele dia, o velho Scrooge contava dinheiro em seu escritório. Fazia um frio cortante e uma névoa espessa e úmida cobria a cidade . As pessoas que passavam pelo escritório tossiam, ofegavam, esfregavam as mãos e batiam com os pés no chão, para se manterem aquecidas.
            Os relógios da cidade marcavam três horas, mas já estava escuro. Velas brilhavam nas janelas dos escritórios vizinhos. Era tão denso o nevoeiro, que as casas do outro lado da rua assemelhavam-se a fantasmas.
            A porta da sala de Scrooge permanecia aberta, de modo que ele pudesse observar seu empregado, o senhor Cratchit, que trabalhava num minúsculo cômodo, copiando cartas. Na lareira de Scrooge ardia um escasso fogo, mas na do senhor Cratichit não havia mais que um carvão. E a cada vez que ia à sala de Scrooge pegar um pouco mais, este lhe dizia que não era necessário, por já estar quase na hora de ir para casa. Cratchit tentava então manter-se aquecido com o calor da vela, o que não dava resultado algum.
            – Feliz Natal, tio! Deus o abençoe! – gritou uma voz alegre.
            Era o sobrinho de Scrooge, cuja chegada repentina o pegou de surpresa.
        Tolices! – exclamou Scrooge.
O sobrinho de Scrooge aquecera-se caminhando rapidamente e, agora, seus olhos brilhavam.
O viço de saúde, no rosto, o fazia quase bonito.
  Não diga isso, tio! Como pode chamar o Natal de tolice?
  Eu posso. Feliz Natal? Que direito você tem de estar feliz? Você não passa de um pobretão.
O sobrinho sorriu.
        E que direito tem o senhor de ser tão triste? É um ricaço!
Não conseguindo pensar numa resposta rápida, Scrooge resmungou de novo:
  Tolices.
      Não seja tão rabugento, tio.
      O que mais eu posso ser, num mundo de idiotas? Fora com o Natal, que é apenas uma época de pagar as contas quando não se tem dinheiro, e de descobrir que você ficou um ano mais velho e nem um segundo mais rico. Se dependesse de mim, qualquer idiota que saísse por aí dizendo Feliz Natal seria assado em seu próprio pudim e enterrado com um ramo de azevinho no coração!
        Tio!
        Sobrinho! – contrapôs Scrooge. – Comemore o Natal a seu modo, que eu comemoro do meu.
        Comemorar? O senhor nunca comemora nada, - disse o sobrinho. – E continuou:
        Posso não ter ficado rico, mas não há dúvida de que o Natal é bom. Além de ser uma época de bondade, perdão, caridade e alegria, é também a única época de todo o ano em que homens e mulheres abrem o coração às pessoas menos favorecidas. Acredito que o Natal tem-me feito bem e continuará fazendo. Então, tio, Deus abençoe o Natal!
(Cântico de Natal – Ed. Dikmennsão)

01.   Encontre, no texto, sinônimos para as palavras:

A)     respirar com dificuldade; arfar;


o
f
e
g
a
v
A
m


B)     pouco; minguado:

e
s
c
a
s
s
O


C)     súbita; momentânea; inesperada:

r
E
p
e
n
t
i
n
a

D)     vigor; exuberância:

v
I
ç
O

E)     mal-humorado; impertinente:

r
a
b
u
g
e
N
t
o


02.   Leia:


Tolices! – exclamou Scrooge.
 
 





O termo destacado se refere: _______________________________________

                                                                                                                               Resposta: Ao Natal

03.   Durante o diálogo, o sobrinho de Scrooge só não demonstra:
A)     sinceridade
B)     entusiasmo
C)     dúvida
D)     determinação
E)     sensatez

                                                 Resposta: Letra C

04.   Scrooge deixou a porta do escritório aberta para:
F)     observar o movimento
G)     não se sentir sozinho
H)     esperar seu sobrinho
I)       avistar os relógios da cidade
J)      vigiar seu empregado

                                                               Resposta: Letra E


05.   O velho Scrooge estava sempre insatisfeito, em qualquer época do ano. Transcreva, do texto, uma fala que comprove essa afirmação:

Resposta: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

O que mais eu posso ser, num mundo de idiotas?”


06.   Em relação ao Natal, o velho Scrooge demonstra um tom autoritário e impaciente. Só NÃO há comprovação disso em:
K)     “Como pode chamar o Natal de tolice?”
L)      “Que direito você tem de estar feliz?”
M)    “ – Tolices.”
N)     “ O que mais eu posso ser, num mundo de idiotas?”
O)     “Comemore o Natal a seu modo, que eu comemoro do meu”.

                                                                                                                         Resposta: Letra A

07.   Releia:






“ – Que  direito você tem de ser feliz? Você não passa de um pobretão!”
 



“ – E que direito tem o senhor de ser tão triste? é um ricaço!”
 
 
Por essas passagens, conclui-se que

Resposta:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

o sobrinho quis mostrar ao tio que não há motivos para não ser feliz.


08.   Leia o seguinte trecho de uma crônica publicada no Jornal Estado de Minas:
Acílio Lara Resende

          – Vô, disse-me ao telefone, em tom meloso como só ele sabe ter, na candura dos seus seis aninhos: minha sala está estudando o poeta Manuel Bandeira. A professora me pediu uma poesia sobre o Natal nos anos 40 ou 50. Mamãe me disse que pode ser um texto. É para a apresentação de fim de ano. A professora me pediu, também, para levar fotos de quando você e vovó eram pequenos. Você faz isto para mim?
              Resistir a uma súplica como esta, feita com aquele jeitinho, quem há-de? Ela, no mínimo, me traria a lembrança do Natal.

Compare a reação do tio Scrooge com a do avô dessa nota. Em que eles se diferenciam?

Resposta: Na dificuldade, no carinho ao falar sobre o Natal.




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