ENREDO:
A
protagonista desta obra, que é considerada uma das melhores e mais célebres de
Lygia Bojunga, um clássico no campo da literatura infanto-juvenil, é uma garota
que, além de enfrentar as questões típicas da sua faixa etária, sente-se
extremamente só, pois é a filha mais nova entre irmãos pelo menos dez anos mais
velhos.
Eles a
consideram uma criança, ou seja, alguém sem conhecimento de nada, e não lhe dão
atenção alguma, o que a leva a guardar dentro de si mesma três desejos
secretos: ser um garoto, seguir a carreira literária e crescer velozmente.
Raquel desconhece, na verdade, algo fundamental, quem ela realmente é, pois
passa por um período de transição, no qual já não é mais uma menina, mas também
ainda não pode ser considerada uma adolescente.
A partir
de um certo momento, a protagonista ganha uma bolsa amarela e, então, passa a
guardar em seu interior tudo que se passa em sua alma, suas vontades e
expectativas mais intensas. Deste ponto em diante muitos acontecimentos
imaginários e concretos, mesclados uns aos outros, passam a ocorrer.
Sem poder
contar com a compreensão alheia, ela observa muito atentamente o que acontece a
sua volta, e desenvolve o hábito de se corresponder com companheiros invisíveis
e fictícios. Com a bolsa amarela em mãos, ela agora tem onde depositar tudo que
se passa em seu íntimo, pois nela há espaço para tudo, desde alguns galos até
uma sombrinha representada por uma personagem feminina, e outras tantas
narrativas criadas pela protagonista, que também é a narradora do livro.
Raquel cria um mundo mágico para si mesma ao tentar fugir de
um lugar ao qual não sente pertencer, pois, afinal, criança não tem direito a
ter vontades; por isso mesmo ela logo inventa três delas para sua vida e, a
partir deste universo particular, narra ao leitor, seu cúmplice, a jornada de
cada dia, não apenas a sua, mas a de toda a família. Os próprios irmãos
reconhecem seu dom de inventar histórias.
“A Bolsa Amarela”, de Lygia Bojunga, é um dos mais premiados
e populares livros infanto-juvenis brasileiros. Neste livro a autora conta a
inteligente e divertida história de Raquel, uma menina que presta muita atenção
a tudo que se passa a seu redor.
Raquel é a filha caçula da família, é a única criança. Seus irmãos, com uma diferença de dez anos, não lhe davam ouvidos, porque achavam que criança não sabe coisa alguma. Por se sentir muito solitária e incompreendida, ela começa a escrever para seus amigos. Amigos imaginários. Raquel, desde cedo, tinha três vontades enormes: vontade de crescer, vontade de ser garoto e vontade de ser escritora.
Um dia, ganhou uma bolsa amarela, que veio no pacote da tia Brunilda. A partir daí, a bolsa passou a ser o esconderijo ideal para suas invenções e vontades. Tudo cabia lá dentro. A bolsa amarela acaba sendo a casa de dois galos, um guarda-chuva-mulher, um alfinete de segurança e muitos pensamentos e histórias inventadas pela narradora.
O trecho destacado abaixo, repleto de imaginação e fantasia, ilustra bem quem é Raquel e quem ela quer ser: “Cheguei em casa e arrumei tudo que eu queria na bolsa amarela. Peguei os nomes que eu vinha juntando e botei no bolso sanfona. O bolso comprido eu deixei vazio, esperando uma coisa bem magra para esconder lá dentro. (...) Abri um zíper; escondi fundo minha vontade de crescer; fechei. Abri outro zíper; escondi mais fundo minha vontade de escrever; fechei. No outro bolso de botão espremi a vontade de ter nascido garoto (ela andava muito grande, foi um custo pro botão fechar). Pronto! A arrumação tinha ficado legal. Minhas vontades estavam presas na bolsa amarela”.
Raquel é a filha caçula da família, é a única criança. Seus irmãos, com uma diferença de dez anos, não lhe davam ouvidos, porque achavam que criança não sabe coisa alguma. Por se sentir muito solitária e incompreendida, ela começa a escrever para seus amigos. Amigos imaginários. Raquel, desde cedo, tinha três vontades enormes: vontade de crescer, vontade de ser garoto e vontade de ser escritora.
Um dia, ganhou uma bolsa amarela, que veio no pacote da tia Brunilda. A partir daí, a bolsa passou a ser o esconderijo ideal para suas invenções e vontades. Tudo cabia lá dentro. A bolsa amarela acaba sendo a casa de dois galos, um guarda-chuva-mulher, um alfinete de segurança e muitos pensamentos e histórias inventadas pela narradora.
O trecho destacado abaixo, repleto de imaginação e fantasia, ilustra bem quem é Raquel e quem ela quer ser: “Cheguei em casa e arrumei tudo que eu queria na bolsa amarela. Peguei os nomes que eu vinha juntando e botei no bolso sanfona. O bolso comprido eu deixei vazio, esperando uma coisa bem magra para esconder lá dentro. (...) Abri um zíper; escondi fundo minha vontade de crescer; fechei. Abri outro zíper; escondi mais fundo minha vontade de escrever; fechei. No outro bolso de botão espremi a vontade de ter nascido garoto (ela andava muito grande, foi um custo pro botão fechar). Pronto! A arrumação tinha ficado legal. Minhas vontades estavam presas na bolsa amarela”.
A Bolsa é a história de uma menina que entra em
conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que
ela esconde numa bolsa amarela ) - a vontade de crescer, a de ser garoto e a de
se tornar escritora. A partir dessa revelação - por si mesma uma contestação à
estrutura familiar tradicional em cujo meio "criança não tem vontade"
- essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o
mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de
amigos secretos e fantasias. Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e
fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo à sua
afirmação como pessoa.
Como estão leitores? Hoje trago para vocês mais uma resenha
(a segunda do blog) e desta vez o livro escolhido foi a bolsa amarela de Lygia
Bojunga.
O livro conta a história de uma garotinha chamada Raquel (a qual narra a
história) que tem muitos sonhos (vontades como diz o livro) que crescem ao
passar do tempo, sendo elas: Ter nascido garoto, ser grande, ser escritora
(séra que o sonho de ser escritora também estaria na infância de Lygia? - Acho
que sim!).
Raquel é
a caçula de quatro irmãos, sendo eles muito mais velhos que ela, (por esse
motivo, ela é meio que excluída). E se isso não fosse tudo, Raquel nasceu de
uma gravidez não esperada dos pais, que a cuidam com uma certa má vontade.
Tudo muda, quando Raquel ganha a bolsa amarela de presente de sua tia brunilda
(na verdade foi a única coisa que sobrou dos presentes enviados). Raquel passa
a viver grandes aventuras, junto de seus amigos (Afonso, terrivel,
guarda-chuva, alfinete de fralda de bebê, o fecho entre outros).
Na minha opinião eu não gostei nada do livro (e não é pelo fato de ele ser
infântil) mais pelo fato as aventuras de Raquel não ser aventuras. O livro já
ganhou vários prêmios não sei por quê. Mas gostei da personagem Raquel
pois ela é determinada e tem uma imaginação muito fértio. Esse livro destruiu
todas as minhas expectativas de me diverti lendo ele. Recomendo
"apenas" para quem gosta muito de ler livros infântis.
TRABALHO DE LITERATURA ATRAVÉS DO LIVRO A BOLSA
AMARELA
Sílvia
Helena Baptista de Oliveira Souza - Colégio Uirapuru
Vanessa Figueiredo - Colégio Uirapuru
Vanessa Figueiredo - Colégio Uirapuru
Introdução
O projeto com o livro “A Bolsa Amarela” é
desenvolvido com alunos de 4ª série, de uma escola particular na cidade de
Sorocaba. Escolhemos esse livro paradidático para ser trabalhado, pois
pretendemos não só ampliar o acervo de conhecimentos, a imaginação e
competências em relação aos usos da linguagem escrita de nossos alunos, como
também colaborar para que desempenhem de forma mais crítica e competente seu
papel de leitor.
Desejamos tornar a leitura um hábito prazeroso para eles, proporcionando momentos de reflexão sobre as histórias e também desenvolver opinião/crítica sobre as mesmas; possibilitar o desenvolvimento da criatividade através de diferentes tipos de histórias e ampliar seu vocabulário através de diferentes leituras.
Assim, segundo Zilberman (1983), quando se trata do uso do livro para crianças no contexto escolar, o professor precisa estar apto à escolha de obras apropriadas ao leitor infantil e ao emprego de recursos metodológicos eficazes, que estimulem a leitura e possibilitem a compreensão das obras e a verbalização pelos alunos do que foi apreendido.
A escrita, e em conseqüência o ato de ler, consiste em uma das principais vias que o conhecimento chega à escola, ou seja, através de materiais impressos, sejam estes livros didáticos ou literários. Para Silva (1990), em verdade, seria difícil conceber uma escola onde o ato de ler não estivesse presente, isso ocorre porque o patrimônio histórico, cultural e científico da humanidade se encontra fixado em diferentes tipos de livros.”
Desejamos tornar a leitura um hábito prazeroso para eles, proporcionando momentos de reflexão sobre as histórias e também desenvolver opinião/crítica sobre as mesmas; possibilitar o desenvolvimento da criatividade através de diferentes tipos de histórias e ampliar seu vocabulário através de diferentes leituras.
Assim, segundo Zilberman (1983), quando se trata do uso do livro para crianças no contexto escolar, o professor precisa estar apto à escolha de obras apropriadas ao leitor infantil e ao emprego de recursos metodológicos eficazes, que estimulem a leitura e possibilitem a compreensão das obras e a verbalização pelos alunos do que foi apreendido.
A escrita, e em conseqüência o ato de ler, consiste em uma das principais vias que o conhecimento chega à escola, ou seja, através de materiais impressos, sejam estes livros didáticos ou literários. Para Silva (1990), em verdade, seria difícil conceber uma escola onde o ato de ler não estivesse presente, isso ocorre porque o patrimônio histórico, cultural e científico da humanidade se encontra fixado em diferentes tipos de livros.”
A literatura infantil e juvenil
Estamos expostos a uma infinidade de textos
escritos, que são produzidos e exibidos com os mais diversos objetivos. É quase
impossível passarmos um dia sem termos algum contato com materiais escritos,
envolvidos com ações de leitura e escrita. Para participar dessas práticas com
autonomia, é necessário reconhecer os elementos e saber utilizá-los a partir
dos objetivos que estabelecemos como produtores e consumidores da palavra
escrita.
Ouvir, dramatizar, ilustrar, recontar e reescrever histórias são atividades que complementam essas práticas, que podem ser trabalhadas em sala de aula com livros paradidáticos.
A literatura infantil e juvenil é importante para a formação do indivíduo em relação a si mesmo e ao mundo à sua volta. Leva o mesmo a compreensão de certos valores básicos da conduta humana e do convívio social.
A escola, dentro dessa perspectiva, possui um papel de extrema relevância na construção do conhecimento, colocando o aluno diante de situações nas quais, através da mediação, ele contata com a escrita, com o conhecimento acumulado das diferentes ciências e, ainda, com a própria cultura, problematizando-a. Assim, a leitura estimula o diálogo por meio do qual se trocam experiências e confrontam-se gostos e opiniões, aproximando as pessoas e colocando-as em uma condição de igualdade.
Para Zilberman (1983):
Ouvir, dramatizar, ilustrar, recontar e reescrever histórias são atividades que complementam essas práticas, que podem ser trabalhadas em sala de aula com livros paradidáticos.
A literatura infantil e juvenil é importante para a formação do indivíduo em relação a si mesmo e ao mundo à sua volta. Leva o mesmo a compreensão de certos valores básicos da conduta humana e do convívio social.
A escola, dentro dessa perspectiva, possui um papel de extrema relevância na construção do conhecimento, colocando o aluno diante de situações nas quais, através da mediação, ele contata com a escrita, com o conhecimento acumulado das diferentes ciências e, ainda, com a própria cultura, problematizando-a. Assim, a leitura estimula o diálogo por meio do qual se trocam experiências e confrontam-se gostos e opiniões, aproximando as pessoas e colocando-as em uma condição de igualdade.
Para Zilberman (1983):
“A leitura do texto literário constitui uma
atividade sintetizadora, na medida em que permite ao indivíduo penetrar no
âmbito da alteridade, sem perder de vista sua subjetividade e história. O
leitor não esquece suas próprias dimensões, mas expande as fronteiras do
conhecido, que absorve através da imaginação, mas decifra por meio do
intelecto. Por isso trata-se também de uma atividade bastante completa,
raramente substituída por outra, mesmo a de ordem existencial. Essas têm seu
sentido aumentado, quando contrapostas às vivências transmitidas pelo texto, de
modo que o leitor tende a se enriquecer graças ao seu consumo”.
A literatura infantil contribui para o crescimento
emocional, cognitivo e para a identificação pessoal da criança, propiciando ao
aluno, a percepção de diferentes resoluções de problemas, despertando a
criatividade, a autonomia, a criticidade, que são elementos necessários na
formação da criança de nossa sociedade atual.
As situações de interação, contato e manuseio de diferentes materiais escritos são importantes para a aprendizagem da leitura e da escrita. Mas, será ainda mais enriquecedor se este manuseio e contato for com histórias de literatura infantil, pois os desenhos maravilhosos e os enredos instigantes que se encontram explícitos nos livros são como uma chamada, um convite que fascina a criança, proporcionando-lhe imenso prazer e interesse
As situações de interação, contato e manuseio de diferentes materiais escritos são importantes para a aprendizagem da leitura e da escrita. Mas, será ainda mais enriquecedor se este manuseio e contato for com histórias de literatura infantil, pois os desenhos maravilhosos e os enredos instigantes que se encontram explícitos nos livros são como uma chamada, um convite que fascina a criança, proporcionando-lhe imenso prazer e interesse
Lygia Bojunga - A Bolsa Amarela
Ao se falar em literatura infantil, Lygia Bojunga
Nunes é uma escritora brasileira que em seus contos narrados, tudo pode
acontecer.
De uma forma profundamente original, reúne o riso, a beleza poética e um humor absurdo, realçando a liberdade, a crítica social e uma solidariedade forte pelas crianças desprotegidas.
As fantasias servem muitas vezes como forma de ultrapassar experiências pessoais difíceis ou como fuga de uma realidade cruel.
Ela convida os leitores a participarem dos sonhos dos seus personagens, e torna-os cúmplices das suas experiências
A literatura infantil brasileira caracteriza-se por uma acentuada transgressão dos limites entre a fantasia e a realidade. Lygia Bojunga é uma escritora que perpetuou esta tradição e a tornou perfeita. Para ela, o cotidiano está repleto de magia.
Seus textos baseiam-se fortemente na perspectiva da criança, observando o mundo através dos olhos brincalhões da mesma. Seus personagens podem fantasiar...
As obras de Bojunga estão traduzidas para várias línguas, entre as quais francês, alemão, espanhol, norueguês, sueco, hebraico, búlgaro, checo e irlandês.
O livro “A Bolsa Amarela”, de Lygia Bojunga é trabalhado na 4ª série, pois é uma idade onde os alunos começam a refletir sobre suas vontades, o que podem fazer para realizá-las, se elas são realmente possíveis e o livro proporciona trabalhar com todos esses aspectos.
“A Bolsa Amarela”, de Lygia Bojunga, é um dos mais premiados e populares livros infanto-juvenis brasileiros. Neste livro a autora conta a inteligente e divertida história de Raquel, uma menina que presta muita atenção a tudo que se passa a seu redor.
É um romance de uma menina chamada Raquel, que é a filha caçula da família e a única criança. Seus irmãos, com uma diferença de dez anos, não lhe davam ouvidos, porque achavam que criança não sabe coisa alguma. Por se sentir muito solitária, incompreendida e por entrar em conflito consigo mesma, ela começa a escrever para seus amigos imaginários. Raquel, desde cedo, tinha três vontades enormes: vontade de crescer, vontade de ser garoto e vontade de ser escritora.
A partir dessa revelação, essa menina imaginativa e sensível nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família (uma família tradicional em cujo meio “criança não tem vontade”) ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias.
Um dia, ganhou uma bolsa amarela, que veio no pacote da tia Brunilda. A partir daí, a bolsa passou a ser o esconderijo ideal para suas invenções e vontades. Tudo cabia lá dentro. A bolsa amarela acaba sendo a casa de dois galos, um guarda-chuva-mulher, um alfinete de segurança e muitos pensamentos e histórias inventadas pela narradora.
O livro é dividido em dez capítulos, onde muitas histórias fantásticas vão acontecendo com a menina Raquel e seus companheiros.
Nessa história também são abordadas algumas dificuldades que uma criança encontra no que se refere à sua afirmação como pessoa, suas angústias de criança e sua visão do confuso mundo adulto.
De uma forma profundamente original, reúne o riso, a beleza poética e um humor absurdo, realçando a liberdade, a crítica social e uma solidariedade forte pelas crianças desprotegidas.
As fantasias servem muitas vezes como forma de ultrapassar experiências pessoais difíceis ou como fuga de uma realidade cruel.
Ela convida os leitores a participarem dos sonhos dos seus personagens, e torna-os cúmplices das suas experiências
A literatura infantil brasileira caracteriza-se por uma acentuada transgressão dos limites entre a fantasia e a realidade. Lygia Bojunga é uma escritora que perpetuou esta tradição e a tornou perfeita. Para ela, o cotidiano está repleto de magia.
Seus textos baseiam-se fortemente na perspectiva da criança, observando o mundo através dos olhos brincalhões da mesma. Seus personagens podem fantasiar...
As obras de Bojunga estão traduzidas para várias línguas, entre as quais francês, alemão, espanhol, norueguês, sueco, hebraico, búlgaro, checo e irlandês.
O livro “A Bolsa Amarela”, de Lygia Bojunga é trabalhado na 4ª série, pois é uma idade onde os alunos começam a refletir sobre suas vontades, o que podem fazer para realizá-las, se elas são realmente possíveis e o livro proporciona trabalhar com todos esses aspectos.
“A Bolsa Amarela”, de Lygia Bojunga, é um dos mais premiados e populares livros infanto-juvenis brasileiros. Neste livro a autora conta a inteligente e divertida história de Raquel, uma menina que presta muita atenção a tudo que se passa a seu redor.
É um romance de uma menina chamada Raquel, que é a filha caçula da família e a única criança. Seus irmãos, com uma diferença de dez anos, não lhe davam ouvidos, porque achavam que criança não sabe coisa alguma. Por se sentir muito solitária, incompreendida e por entrar em conflito consigo mesma, ela começa a escrever para seus amigos imaginários. Raquel, desde cedo, tinha três vontades enormes: vontade de crescer, vontade de ser garoto e vontade de ser escritora.
A partir dessa revelação, essa menina imaginativa e sensível nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família (uma família tradicional em cujo meio “criança não tem vontade”) ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias.
Um dia, ganhou uma bolsa amarela, que veio no pacote da tia Brunilda. A partir daí, a bolsa passou a ser o esconderijo ideal para suas invenções e vontades. Tudo cabia lá dentro. A bolsa amarela acaba sendo a casa de dois galos, um guarda-chuva-mulher, um alfinete de segurança e muitos pensamentos e histórias inventadas pela narradora.
O livro é dividido em dez capítulos, onde muitas histórias fantásticas vão acontecendo com a menina Raquel e seus companheiros.
Nessa história também são abordadas algumas dificuldades que uma criança encontra no que se refere à sua afirmação como pessoa, suas angústias de criança e sua visão do confuso mundo adulto.
http://leiturasdepaty.blogspot.com/
@leiturasdapaty
@leiturasdapaty
@AnnyPlata
aestranhaestantedagi.blogspot.com
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- Quais eram as vontades da personagem?
- Explique o título do livro.
- Quem era o amigo confidente de Raquel? Descreva-o.
- Quem morava no bolso bebê da bolsa amarela? E como chegou até lá?
- A escola ajudava na vontade de escrever? Cite um exemplo.
- No capítulo “O almoço” podemos observar o comportamento das duas famílias. Destaque algo sobre a família da personagem e sobre a família da tia Brunilda.
- O personagem Terrível é um galo de briga. Por que ele tinha essa vida e que fim teve?
- No capítulo “Comecei a pensar diferente” a vontade de Raquel em escrever andava magrinha. Por quê?
- A Casa dos Consertos foi algo marcante e motivador na vida da personagem. Por quê?
- O que aconteceu com as vontades da personagem? No que isso contribuiu para Raquel?
A bolsa amarela
Tudo
inicia quando Raquel esconde suas vontades. Ela escolhe um nome e começa contar
sobre sua vida para André: seu amigo imaginário. Sua família não tem paciência
com ela, por ser pequena, não se importam com ela. Seu irmão descobre sobre
André e debocha de Raquel, e com isso, ela inventa outra amiga imaginária com o
nome de Lorelai.
Raquel e
sua família sempre recebem doações de roupas, calçados, etc...de sua tia
Brunilda que enjoa logo daquilo que compra. Daí seu tio Júlio paga tudo de
novo, se não a tia ameaça arranjar um emprego. Na pilha de roupas, Raquel acha
uma bolsa amarela que ninguém gostou e resolve pegar e prender suas vontades
ali.
Numa
noite, ela vê o galo Rei, aquele de seu romance. Ele quer se esconder na bolsa
amarela , o galo conta que fugiu do galinheiro porque não aguentava mais mandar
nas galinhas, de tanto insistir, Raquel deixa ele se esconder na bolsa, e com
isso o galo rei resol ve escolher outro nome, e fica se chamando Afonso.
Com
Afonso e suas vontades, a bolsa amarela vai ficando pesada na volta da escola,
com isso Raquel resolve parar para descansar e Afonso decide pôr a sua máscara
e ir procurar ideias. O galo acha uma guarda-chuva e se apaixona por ela. Então
Raquel e ele decidem ficar com ela. No caminho de volta para casa, eles
encontram o Terrível, primo de Afonso, que era um galo de briga com o
pensamento costurado e que estava jogando dados sozinho. Ele iria lutar com o
Crista-de- Ferro que na primeira luta, Terrível havia perdido. Para o primo de
Afondo não morrer porque já estava cansado, Raquel e Afonso raptam Terrível.
Ainda na volta para casa, eles encontram um alfinete e pegam para guardar no
bolso bebê da bolsa amarela.
Raquel e
sua família vão na caasa da tia Brunilda para comer uma bacalhoada. Quando
chega em sua casa, ela dá de cara com o seu primo bisbilhoteiro, que quando vê
a bolsa amarela, fica curioso. Sua família que na casa das pessoas á trata como
criança, pede para ela contar suas histórias. Com isso e mais seu primo
bisbilhoteiro, suas vontades vão crescendo e crescendo e a bolsa vai enchendo e
enchendo e as pessoas vão se assustando e se assustando, até que o alfinete
ajuda e estoura a bolsa e o Afonso sai fazendo mágica para disfarçar.
Com todo
esse reboliço, o Terrível foge para ir lutar na praia das pedras e apanha
muito. Eles percebem e vão atrás do Terrível e a guarda-chuva acompanha. Lá
eles veem que o Crista-de-Ferro ganhou a luta. Raquel fica triste e resolve
fazer um final diferente.
Com isso,
Afonso sai para procurar ideias e resolve lutar para não costurar mais
pensamentos. Sai à pé, porque ele tem medo de voar, até que ele tenta um voinho
à toa.
Por
Raquel chegar tarde em casa, ela fica de castigo e começa mandar cartas para
seus amigos. Com a sua vida melhor, percebe que ser menina é tão bom quanto ser
menino. Afonso vai embora e a guarda-chuva vai com ele. Eles vão voando, e
Afonso perde o medo de voar. Raquel, feliz, solta duas vontades: de crescer e
de ser menino.
Ótimo questionário.
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